Na noite do último dia 21 de outubro, no fuso-horário do Brasil, tive a minha primeira experiência como repórter numa transmissão ao vivo, a convite da Japan House São Paulo, como parte do evento online “Experiência JHSP: Cultura e Gastronomia de Setouchi Oeste”. Que frio na barriga!
O evento apresentado pela querida Bruna Aiso e pelo Eric Klug, presidente da JHSP, foi transmitido pelo YouTube e teve como foco três províncias que se situam a oeste do Mar Interior de Seto, o maior mar interno do Japão: Hiroshima, Ehime e Yamaguchi. A proposta foi de apresentar novas perspectivas de Setouchi, uma região que talvez não seja tão conhecida pelo grande público.
Especialmente para a transmissão, visitei na ilha de Ikuchi o Azumi Setoda, um ryokan mais moderno que as demais acomodações deste estilo. Lá, provei um pouquinho do café da manhã no estilo japonês e pude conversar com Kubota-san, responsável geral pelo ryokan. Quando a minha parte no Azumi Setoda acabou, corremos com a equipe até outra ilha da região para mostrar um pouquinho da Shimanami Kaido – uma das rotas de ciclismo mais famosas do mundo.
O evento completo ainda contou com a partipação da super chef Telma Shiraishi, que ensinou como preparar o taimeshi, um dos pratos típicos de Ehime, à base de peixe pargo e arroz; e também apresentou outras histórias e atrativos da região, como a rota de peregrinação de Shikoku.
Tudo isso pode ser conferido no vídeo que está disponível no canal da Japan House São Paulo no Youtube:
Bastidores
Vendo o vídeo, talvez não dê para ter ideia, mas este evento envolveu uma produção enorme — algo que eu nunca tinha vivenciado antes. Apenas nas transmissões que envolviam a minha aparição, tinha uma equipe de cerca (ou mais) de 10 pessoas, entre produtor, equipe de câmera, técnicos de som e de transmissão.
Um dos maiores desafios foi fazer as reportagens em português trabalhando com uma equipe inteiramente japonesa, sem ninguém que entendesse o que eu estava falando. Tivemos que combinar frases, gestos ou palavras-chave para eles se situarem no roteiro e nas transições. E, para mim, por ser a primeira reportagem ao vivo da vida, foi difícil conter a ansiedade na noite de véspera – tão difícil que não preguei os olhos! Sem ter dormido nadinha, quando deu 5 horas da manhã eu parei de me revirar na cama para começar a me arrumar, já que a transmissão começaria às 7 horas, no fuso do Japão. E, falando em me arrumar, deixo aqui os créditos do meu look para a Nina Takahashi, minha stylist aqui no Japão 😉
Ao final do evento, UFA, que alívio! Tirando algumas coisinhas técnicas, tudo havia corrido bem. Antes de deixar o local de filmagem, ainda consegui passear um pouquinho ali no entorno do ryokan e sentar num café super fofo da área para comer o que viria a ser o melhor iogurte com granola que já provei na vida. Estava só o pó, mas realizada e muito feliz!
Obrigada, Japan House, pela oportunidade e pela confiança no meu trabalho. Foi uma super honra fazer parte deste time!