Viajar ao Japão saindo do Brasil vai envolver, pelo menos, 2 voos e 24 horas dentro de aeronaves. Apesar daquela animação de estar nas alturas rumo ao destino dos sonhos, passar tanto tempo dentro de aviões pode ser um martírio para o corpo. Separei aqui, então, algumas dicas do que eu faço que tornam a jornada Brasil-Japão mais confortável e saudável.
Tomo MUITA água
O nível de umidade do ar dentro do avião é de cerca de 20%, o que é baixíssimo frente ao nível ideal, que gira em torno de 30 a 60%. Temos que ficar de olho para não ficarmos desidratados durante o voo, por isso, é importantíssimo beber muita, mas muita água!
A Associação Médica Aeroespacial recomenda beber aproximadamente 240 ml de água para cada hora de voo. Levando em consideração que uma das pernas da rota que separa São Paulo de Tóquio, por exemplo, leva cerca de 12 horas, estima-se então que, apenas nesse primeiro voo, é bom tomar então 3 litros de água!
Carrego a minha garrafinha
Na minha bagagem de mão, eu levo sempre a minha garrafinha d’água, daquelas térmicas:

Minha garrafa de água para garantir a hidratação durante o voo.
Como não é possível passar pelo controle de mala de mão com garrafas ou embalagens com mais de 100ml em líquidos, é necessário esvaziar a garrafa antes. Chegando na área de embarque, aproveito para abastecer a garrafa nos bebedouros e embarco com água suficiente para o começo da jornada.
Ter uma garrafa durante o voo me dá a liberdade de não depender dos copinhos econômicos oferecidos pelas companhias. E não espero que os comissários de bordo venham oferecer água. Eu mesma me levanto e vou até a galeria onde o staff costuma deixar bebidas e alguns snacks.
Tomar bastante água, além de hidratar o corpo, vai ser também um aliado para deixar o sangue mais fluido, facilitando a circulação. Os riscos de ter problemas de circulação vascular são reais e não devem ser ignorados mesmo por quem é mais jovem.
Uso meias de compressão durante o voo inteiro
Faço viagens longas de avião há pelo menos 15 anos, mas só comecei a usar meias de compressão no ano passado. Hoje me pergunto porque demorei tanto para começar a usá-las, mesmo passando anos sofrendo com inchaço e formigamento das pernas durante e após os voos. Meus pés inchavam tanto a ponto de ter dificuldade de colocar de volta os sapatos assim que chegava no destino.

Meias de compressão evitam inchaço e formigamento, mas consulte seu médico antes de usar!
Depois que comecei a usar as meias, ZERO inchaço. Não preciso mais lacear o tênis, nem ficar massageando as pernas para melhorar o incômodo dos formigamentos. Porém, há quem não deva usar meias de compressão por questões de saúde. Para saber se esse é o seu caso, é importante consultar um médico angiologista ou um cirurgião vascular.
É bom saber também que esse tipo de meia tem níveis de compressão diferentes. A minha é de 15 a 20mmHg, que é considerado baixa compressão. Para usar um nível de compressão maior, o ideal é se certificar antes com o seu médico.
Viajo sempre no corredor
Para ativar a circulação sanguínea, eu tento sempre me levantar, caminhar e me alongar. Por isso, já faz bons anos que abro mão de sentar na janela. É lindo poder apreciar esse mundão lá de cima, mas acabo sendo bastante pragmática nas minhas escolhas: prefiro sentar no corredor para poder me levantar sem incomodar ninguém. Fora disso, ao tomar litros de água, as visitas ao banheiro se tornam bastante recorrentes.
Tenho em mãos todo tipo de hidratante
Com o nível de umidade super baixo nas cabines, rapidamente sentimos a secura na pele. Por isso, na minha necessaire de voo não faltam hidratantes. Tem para as mãos, para o rosto, para os lábios e até para as cutículas! Costumo carregar também um colírio lubrificante porque os olhos também ressecam.

Carrego todo tipo de hidratante comigo durante o voo – desde para as mãos até os lábios.
Nunca viajo com lentes de contato
Também por conta da baixa umidade dentro do avião, jamais uso lente de contato em voos – nem mesmo num voo SP-Rio. Os olhos perdem boa parte da lubrificação natural e as lentes podem machucar a córnea. Portanto, é importantíssimo viajar de óculos!

Viajo sempre sem lentes de contato e com um bom fone de ouvido!
Tento ver filmes, usar um bom fone de ouvido, me alimentar bem e relaxar!
De resto, eu aproveito para ver muitos filmes, ler, comer (sou dessas que acorda magicamente quando os comissários passam com a comida) e descansar na medida do possível. Para que o jet lag não seja muito duro no início da viagem, o ideal é se programar para dormir em função do horário local do destino. Então, se o voo vai chegar de manhã no Japão e você ainda vai ter o dia inteiro para aproveitar, é bom tentar descansar bem no segundo voo (ou no voo que antecede a chegada, caso você pegue uma rota com mais de dois voos).
Espero que essas dicas te ajudem!
Se tiver dúvidas sobre o planejamento da viagem, que tal uma sessão de consultoria ao vivo comigo? Mais informações aqui.