No final do mês passado, estive no Mori Museum, em Roppongi, e pude ver a exposição “LOVE”, sobre amor e suas diferentes manifestações, condições, formas e motivações <3. A expo mostrava desde Rodin a Chagall, passando por Nan Goldin, Tracey Emin, Damien Hirst, John Lennon & Yoko Ono, Giorgio de Chirico, entre muitos outros artistas. Ou seja, uma variedade enorme de obras de estilos e épocas diferentes, todas relacionadas ao tema principal. Pude conhecer vários artistas japoneses e, entre eles, me chamou a atenção a obra de Nobuyoshi Araki.

Araki, que nasceu em Tóquio, em 1940, é um dos fotógrafos mais ativos do Japão (e talvez do mundo), com mais de 400 livros publicados. Uma de suas influências é a obra de Man Ray e é bastante conhecido por temas polêmicos. Portanto, se forem dar um google, preparem-se para imagens fuertes!

A série que vi na exposição se chama Sentimental Journey, em que o fotógrafo retrata sua esposa Yoko Araki durante a lua-de-mel do casal, em 1971. Nobuyoshi a conheceu quando trabalhavam na Dentsu, a principal agência de publicidade do Japão, e a teve como principal modelo em diversos trabalhos.

 

Quase vinte anos depois, em 1990, Araki a fotografou em um momento completamente diferente: seus últimos dias de vida. A série Winter Journey mostra sua musa acometida por uma grave doença e também o período de luto do artista.

 

“If I hadn’t documented her death, both the description of my state of mind and my declaration of love would have been incomplete. I found consolation in unmasking lust and loss, by staging a bitter confrontation between symbols. After Yoko’s death, I didn’t want to photograph anything but life – honestly. Yet every time I pressed the button, I ended up close to death, because to photograph is to stop time.”