Tóquio, Kamakura, Hayama, Kawagoe, Monte Fuji, Takayama, Kyoto, Nara, Naoshima, Hiroshima, Miyajima, Yokohama, Fuji Yoshida, Gunma. Três visitantes super queridos: um dos meus melhores amigos, minha irmã e meu cunhado. Aulas de japonês todo dia, novos amigos, três semanas de férias de verão, muito atum toro, izakayas, karaokês e muito – MUITO – calor. Tudo isso nesses 2 meses que se passaram desde que cheguei no Japão.

A ideia é escrever aqui sobre como anda minha vida – eu sei que tenho sido relapsa/ausente no Whatsapp, emails, Skype, Facebook, Gtalk e afins (me desculpem!!) – e, principalmente, sobre o que eu tenho reparado sobre a cultura japonesa. Sim, é tudo aquilo que todo mundo já sabe: educação, ordem, limpeza, segurança, tecnologia avançada, pontualidade, design incrível etc. Mas muitos detalhes têm me impressionado no dia-a-dia, desde coisinhas bobas como rótulos de garrafas ao domínio da arte de não se falar “não” – o que, na minha modesta opinião, pode nem sempre ser legal.

Adoro dividir minhas descobertas e semana passada tive a chance de participar de um projeto incrível. Fui convidada a compartilhar minhas impressões sobre o Japão em um seminário que rolou numa escola japonesa em Toyama, que fica a 300km de Tóquio, onde eu moro. Essa conversa, feita via Skype em inglês, faz parte de um programa educacional idealizado por Ayako Sano, uma japonesa que conheci por indicação de uma amiga do Brasil (obrigada, Ju!). A ideia do projeto Global Talent Development Program, que faz parte da start up COYA – Collaboration for Young Aspirations (http://internationalcoya.com), é colocar estudantes japoneses em contato com estrangeiros para que eles possam conhecer um novo ponto de vista sobre o país onde moram, além de treinar o inglês e aprender mais sobre a cultura de outros países. Acho essa ideia fantástica e enriquecedora pra todo mundo envolvido.

Foi uma hora e meia de conversa em que falei sobre ser sansei no Brasil, a migração dos meus avós, meus motivos para ter vindo estudar japonês aqui, as diferenças culturais, às vezes brutais, entre japoneses e brasileiros. Cada um dos alunos, que tinham mais ou menos 15 anos, me fez uma pergunta e todos foram super ultra fofinhos. Uma das meninas, uma brasileira que se mudou pra cá quando tinha 5 anos, falou em português comigo no final para me agradecer e dizer que essa tinha sido uma experiência muito valiosa <3. O tempo passou super rápido e eu poderia ter passado a tarde inteira discutindo essas coisas, mas, claro, a gente não pode bagunçar um cronograma japonês! Depois do seminário, a Ayako me mandou um email falando que os alunos ficaram muito animados e se sentiram inspirados com o que eu falei. Inspirados?? Uau! Lágrimas!

Ayako-san, can´t thank you enough for this incredible opportunity! Wish you all the best with this great project, I´m pretty sure that you can make a huge difference in their lives 😉

Eu não tinha ideia de que iria aparecer numa tela tão grande! Se soubesse, teria, pelo menos, tirado o cabideiro que aparece atrás de mim! hahaha

Pouco a pouco, vou escrevendo mais. Tô com uma lista enorme na cabeça de ideias de posts e espero poder colocar tudo na tela do computador e dividir um pouco do que tem rolado por aqui.

Deixem comentários, que assim eu mato um pouco a saudade 😉